"Levanta-te e vai, a tua fé te salvou" (Lc 17,19)
Para nós no Brasil, este dia se reveste de maior solenidade ainda, pois estamos a poucos dias da abertura da Campanha da Fraternidade, que justamente nos demonstrará um dos aspectos da importante Pastoral da Saúde, que é a questão da saúde pública. Além das visitas aos enfermos nas paróquias e nos hospitais, e das campanhas de esclarecimentos e de conscientização da responsabilidade pela saúde das pessoas, a preocupação com uma assistência sanitária digna do ser humano para os brasileiros clama nos corações de todos.
Neste dia, unimos a nossa reflexão para que as pessoas experimentem a diferença que faz a fé em suas vidas quando se defrontam com a fragilidade da doença e da dor. O papa recorda os sacramentos de “cura”, ou seja, o sacramento da Penitência ou da Reconciliação e o sacramento da Unção dos Enfermos, que encontram seu cumprimento natural na comunhão eucarística.
O tema mundial escolhido visa também ao Ano da Fé, que deverá ser “ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé”. O papa recorda que “deseja encorajar os doentes e quantos sofrem a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e dos sacramentos”. É fato que a doença, e suas consequências, afeta a todos. Torna-se, assim, uma dor comum de toda a humanidade, de todos os homens e mulheres. A doença envolve toda a pessoa, seja no seu aspecto físico – o mais sentido, certamente, – mas também no âmbito psicológico e mesmo espiritual. É assim um mistério que envolve o ser humano.
Ao celebramos o Dia Mundial dos Enfermos, na memória da Virgem de Lourdes, a Igreja no Brasil também quer refletir sobre a questão da Saúde Pública na Campanha da Fraternidade 2012, e incentivar a todos para que se engajem na Pastoral da Saúde e trabalhem em todos os seus âmbitos. Com isso, a Igreja demonstra a sua solicitude constante para com os doentes, anunciando e testemunhando o Evangelho do sofrimento, iluminada pela fé.
Sabemos da enorme contribuição que a Igreja dá em todos os cantos do mundo ao cuidado em relação aos enfermos. Seja no campo material, com seus inúmeros centros de assistência aos doentes — hospitais, casas de saúde, e outros — principalmente e sobretudo, no atendimento aos mais carentes e pobres.
Fazendo eco ao papa Bento XVI, também agradeço “àqueles que trabalham no mundo da saúde, assim como às famílias que nos seus próprios entes queridos veem a face sofredora do Senhor Jesus”. Em suma, queridos diocesanos, a Igreja quer e deseja promover e testemunhar o Evangelho de Jesus, não só em palavras mas com iniciativas concretas de assistência e cuidados para as multidões incontáveis de sofredores com os males da dor e das doenças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário